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11/08/2020 guia cultural

Na tela: viagem no tempo

Dá para voltar no tempo e 'desver' spoilers?

Viajar no tempo é um conceito antigo que já apareceu em vários filmes, seriados, jogos, etc. A ideia consegue se renovar e tem muito conteúdo novo abordando o tema de maneiras diferentes.

Doctor Who é uma série que teve sua estreia em 1963, e conta a história do(a) Doctor, um alienígena da espécie “Senhor do Tempo”, que em sua nave (a TARDIS, que se parece com uma cabine policial inglesa, dos anos 60) viaja pelo tempo e espaço salvando diversos planetas e espécies (a Terra é salva incontáveis vezes). É um programa família, com episódios que vão de engraçados e leves a mais pesados e assustadores. O(a) Doctor sempre tem um companheiro terráqueo (que ajuda quem assiste a se identificar um pouco mais com as personagens) e o legal é que em vez de “morrer”, o(a) Doctor regenera, reiniciando com uma nova aparência (o que explica as dezenas de atores que já foram protagonistas da série).

Para quem é super fã, tem muito conteúdo além da TV, como audiobooks, livros com histórias extras, jogos, quadrinhos (a maioria apenas em inglês).

A série teve um grande hiato e retornou em 2005 – as 12 temporadas “modernas” você pode assistir na Globoplay –, e você não precisa ter acompanhado todas as “antigas” para entender. Algumas histórias expandem mais o conceito de viagem no tempo, falando de paradoxos e mudanças no passado afetando/mudando o futuro, mesmo não sendo o foco principal da série.


Comecei atrasado com Dark, porém feliz pelo fato de que estou maratonando as três temporadas sem parar (são vários personagens e acontecimentos importantes quase todo episódio). A série, que trata de viagem no tempo, começa com o desaparecimento de adolescentes na cidade de Winden, na Alemanha. A investigação policial mesclada com as descobertas de Jonas (que é o protagonista no início) mostram que as coisas não são tão simples, e constantes viagens no tempo (com saltos temporais de 33 em 33 anos, passado ou futuro) explicam o conceito de que o passado afeta o futuro, mas o futuro também afeta o passado.

São vários twists e momentos que você precisa repensar o que aconteceu e até pesquisar na internet para confirmar se a sua “teoria” faz sentido. O mix de ciência com o místico faz tudo ficar mais interessante enquanto você assiste. A série é alemã e tem a qualidade (visual, roteiro e elenco) que muita gente pensa que só encontra na TV americana/inglesa. Vale a pena assistir, ainda mais agora que a série já estreou a terceira, e última, temporada... Sic Mundus Creatus Est.


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AUTOR

Guilherme Bonamigo

Colunista convidado da FV, é gestor de projetos e mora em Toronto, Canadá. É provavelmente tarde demais para perceber que assiste filmes e séries mais do que deveria.
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