Negligenciar o sono é pagar um alto preço à saúde
No turbilhão incessante das vidas modernas, onde as horas são contadas com a precisão de um relógio, uma necessidade básica parece ser jogada para segundo plano: o sono. Em um mundo onde o tempo é um recurso precioso, muitos de nós cometemos o erro de sacrificar horas valiosas de descanso em nome do trabalho, dos estudos ou das distrações da vida cotidiana. No entanto, por trás dessa aparente trivialidade, está o fato: a privação do sono não é meramente um luxo sacrificado, mas sim uma escolha que cobra um preço alto à nossa saúde física e mental.
O sono é muito mais do que um mero período de inatividade. É durante essas horas de repouso que nosso corpo realiza uma série de funções vitais, desde a reparação de tecidos até a consolidação da memória. É quando os músculos se regeneram, os hormônios se equilibram e o cérebro processa e armazena informações. Não é de se espantar que a negligência em relação ao sono acarrete em tantas consequências.
"Nossa sociedade começou a suprimir necessidades tão básicas como sono, alimentação e atividade física para vender esse tempo. Privar-se do sono resulta em consequências significativas. A curto prazo, podemos observar sintomas como raciocínio lento, irritabilidade e fadiga extrema. Entretanto, quando esse padrão se estende por períodos prolongados, estamos sujeitos a uma série de problemas de saúde", alerta o Otorrinolaringologista e Médico do Sono, Dr. Rodrigo Kohler.
A privação de sono está ligada a diversos problemas de saúde, como obesidade, diabetes, doenças cardiovasculares e transtornos psicológicos, como ansiedade e depressão. Pode-se dizer que a escassez de sono funciona como um terreno propício para o surgimento de várias doenças, minando silenciosamente nossa saúde e qualidade de vida.
"Dormir bem é um hábito essencial que todos devemos cultivar em nossa rotina diária. É importante que a quantidade de sono diária seja suficiente e sem interrupções”, destaca Danielle Almeida, fisioterapeuta especializada em Fisioterapia Cardiorrespiratória.
Muitas vezes, os sinais de que não estamos dormindo o suficiente ou bem são sutis e facilmente ignorados. No entanto, à medida que o tempo passa e a privação do sono persiste, os efeitos se tornam cada vez mais evidentes e debilitantes.
Na busca incessante por produtividade e sucesso, estamos involuntariamente minando nossa própria capacidade de alcançá-los. Afinal, como podemos esperar conquistar o mundo quando não temos saúde? Mas há esperança. À medida que a ciência do sono avança, somos lembrados da importância de priorizar o descanso. Desde a criação de ambientes propícios ao sono até a adoção de práticas de higiene do sono, como manter horários regulares de sono, há muitas medidas que podemos tomar para melhorar nossa qualidade de vida.
E você? Está priorizando o seu sono ou está permitindo que ele seja absorvido pelas demandas do mundo moderno?
Na edição #101 da Revista Flash Vip, a matéria especial ‘Uma Noite Mal Dormida’ da jornalista Carol Bonamigo, ganhou destaque e abordou histórias de pessoas que sofrem de insônia e os impactos que isso causa na saúde, tanto física quanto mental.
Como você caracterizaria o seu sono? Dorme bem e acorda descansado ou mal prega os olhos à noite e passa o dia se arrastando? Se você não consegue lembrar quando foi a última vez que teve uma noite bem dormida, comece a prestar mais atenção.
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O sétimo episódio do falaFV!, podcast da Revista Flash Vip, aprofunda ainda mais a reportagem capa da edição #101 da revista – Uma noite mal dormida –, conduzindo a conversa com três médicos especialistas em Sono: os otorrinolaringologistas Amanda Costa e Rodrigo Kohler e a psiquiatra Rafaela Pavan.
Disponível no Spotify, Deezer, YouTube, Apple e Google Podcasts.
Gabrieli Zambiasi
Letróloga, redatora e social media