O olhar além da lente

Se uma imagem vale mais que mil palavras, a fotografia de Elizandro Giacomini é uma verdadeira biblioteca de histórias. Parceiro de longa data da Revista Flash Vip, ele foi responsável por inúmeros editoriais de moda e coberturas de eventos marcantes, como a festa da 100ª Edição e os 20 anos da FV. E nesta edição, nos acompanhou durante um dia de entrevistas da matéria Especial, registrando cada detalhe das crianças na Equoterapia. 

Mais do que um fotógrafo, Elizandro, assim como nós, é um contador de histórias, alguém que traduz emoções e momentos em imagens que falam por si. 

“Sou da época analógica, de fotografar em filme e revelar no quartinho escuro. Era mágico! Hoje parece mais banal, porque você tem no celular instantaneamente. Na época em que comecei, há três décadas, era algo muito técnico”, relembra Elizandro. Esse início exigiu mais do que talento: demandou paciência, conhecimento profundo sobre iluminação, proporções e composição. E, acima de tudo, um olhar apurado e sensível, característica que continua sendo sua maior marca. 

O universo da fotografia evoluiu, e Elizandro acompanhou essa transformação. “Lá por 2010, tivemos um ‘boom’ dos ensaios de noivos diferenciados. O casamento mudou de cara, com o trash the dress e o street wedding, trazendo uma linguagem mais jornalística e artística, não apenas a foto posada”. Essa nova abordagem trouxe mais autenticidade para os registros, um reflexo da busca constante do fotógrafo por capturar a essência e a espontaneidade. 

Com suas fotos ilustrando mais de 600 páginas em revistas ao longo da carreira, Elizandro transitou por diversas áreas da fotografia. Dos editoriais de moda repletos de conceitos e referências aos registros de eventos sociais, seu olhar sempre esteve atento aos detalhes que fazem a diferença. Hoje, sua atenção está voltada para a fotografia corporativa, de estúdio e eventos, sempre com o compromisso de evidenciar a verdadeira identidade dos retratados. “Nestes ensaios, é importante mostrar a essência do profissional, não criar um personagem”, afirma.