Que a esperança não esmoreça, que a fé nos fortaleça e que as conquistas sejam vitoriosas.
Que vontade em dar e receber um abraço, bem apertado, daqueles calorosos, com satisfação em envolver quem amamos.
O corpo a corpo culturalmente adotado no jeitinho brasileiro de ser. Chegar, beijar e abraçar.
Quem diria a 365 dias atrás se algum de nós imaginaríamos o que o próximo ano estaria guardando para o mundo? Que beijar e abraçar estão definitivamente fora de questão (como será o amigo secreto?), o roteiro de viagem frustrado, a festa de casamento adiada, a tão esperada formatura cancelada? Os planos não executados, não somente os meus ou os seus, mas os nossos, dos vizinhos, dos amigos, dos desconhecidos, dos parentes, daquele que mora lá em Nova Iorque, Londres, Tóquio, Rússia e o resto do mundo.
Nada mais é como antes, exaustivamente exclamado a quatro ventos. Então, como diz os ditados, vamos enxergar o "copo meio cheio" e "bola pra frente". Ressignificar (palavra linda) nossos projetos e ter a resiliência (outra palavra com sentido maravilhoso) para vivermos nessa nova realidade.
Sim, continuar com as máscaras, distanciamento, isolamento, álcool e sem o costumeiro toque. É o mínimo que podemos fazer para nos proteger e proteger os outros.
Empatia, a palavra mais dita, mas tenho dúvidas se a mais praticada. Retorno novamente nos ditos populares. "Não faça com os outros aquilo que não gostaria que fizessem com você".
É um exercício diário de controle comportamental, tolerância e automaticamente, ao praticarmos, teremos uma visão maior, com diferentes perspectivas de tudo que nos rodeia.
Eu, particularmente, aprendi a ressignificar e ser empática de forma real durante essa pandemia. Até o próprio significado é mais claro e a minha compreensão aumentou naturalmente.
O que conquistei? Muito! Dediquei mais tempo para minha família, valorizo mais. E, claro, não posso escrever um editorial sem falar da revista. Produzidas em meio ao caos dos tempos atuais, as cinco edições só vieram comprovar o que há muito sabemos. O prazer, a paixão e o vício que temos pela Flash Vip.
Eu, Carol e Nando só temos que agradecer a turma que trabalha conosco. A equipe (meninas superpoderosas) veste a camisa de verdade, troca informação, emite vibração positiva e reciprocidade. O trabalho é exaustivo e algumas vezes inglório, o que não impede a satisfação profissional e as batalhas vencidas dia por dia. E o bônus… esse vem ainda com grandes e belas amizades fortalecidas ao longo desses anos.
A mensagem para este finalzinho de ano é mais reflexiva. O desejo vai além de um Feliz Natal e um Próspero Ano Novo. Idealizo o valor de, não apenas, sermos pessoas boas, honestas, dignas e isentas de preconceitos, mas sim lutar contra todas as forças que não o são. Generalizar as situações não é o melhor caminho a tomar.
Pensar na coletividade, sem nunca esquecer a individualidade. Muito menos julgar uma realidade que não é minha ou nossa. Se essas palavras tiverem algum sentido para alguém, já valerá a pena ter escrito.
Esse Natal será diferente para que volte a um dia a ser igual. E para 2021, que a esperança não esmoreça, que a fé nos fortaleça e que as conquistas sejam vitoriosas. Um salve para a vida.
Um superbeijo, ótima leitura e até 2021, com a bendita vacina.
Carla Hirsch
Jornalista, especialista em Marketing, editora-chefe e sócia-fundadora da Revista Flash Vip