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15/06/2023 registro

Violência contra a pessoa idosa em debate

Temática foi abordada no 1ª Encontro Municipal contra a Violência da Pessoa Idosa em Chapecó

O 1ª Encontro Municipal contra a Violência da Pessoa Idosa aconteceu nesta quinta-feira (15) em Chapecó. O evento com o tema “A violência contra o idoso nem sempre deixa marcas visíveis” foi promovido pelo Conselho Municipal dos Direitos do Idoso de Chapecó no Centro de Cultura e Eventos Plínio Arlindo De Nes.

Entre os participantes estavam a Dra. Cristiane Weimer, Promotora da 13ª Promotoria de Justiça da Comarca de Chapecó; Clóvis Ari Leuze, Diretor de Segurança Pública do Município de Chapecó; Jiana Glaucia Cella, Psicóloga Policial da DPCAMI Chapecó; Cacieli Fernanda Ribeiro de Oliveira, Psicóloga especialista em garantia de direito e política de cuidado à criança e adolescentes e Coordenadora do CREAS II.


A presidente do Conselho Municipal dos Direitos do Idoso, Eliane Saugo, destacou que o evento apresenta o debate de um assunto que merece a atenção de todos. “O conselho está sempre de portas abertas, para esclarecer dúvidas e fazer denúncias”, enfatizou. 

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O vice-prefeito de Chapecó, Itamar Agnoletto, destacou o trabalho e as ações realizadas pela prefeitura, entre elas a UMIC – Universidade da Melhor Idade, a Cidade do Idoso e o projeto Família Acolhedora. “Os idosos merecem carinho e atenção, mas infelizmente tem muitos que sofrem violência e abuso, muitas vezes dentro de casa, daqueles que deveriam cuidar. Por isso a importância deste debate e ficar atento para fazer as denúncias e cuidar daqueles que são mais vulneráveis”, disse. 


Casos de violência aumentaram na pandemia

De acordo com a presidente do CMDI, Chapecó não contabiliza dados específicos sobre a violência ao idoso, mas sabe-se que os casos vêm aumentando a partir das denúncias de falta de cuidados com idosos. Já em Santa Catarina, os casos de violência contra a pessoa idosa tiveram alta de 70% durante a pandemia. Em 2019, o número de denúncias registradas foi de 1,6 mil, e passou para 2,7 mil em 2020, segundo dados do Disque 100. “Pelos números, não é difícil perceber que o caminho no combate à violência contra os idosos ainda é longo. Por isso é preciso reforçar as políticas públicas que garantam suporte não só aos idosos, mas também às famílias”, comentou. 

Saugo explica ainda que, no âmbito nacional, as denúncias de violações contra pessoas idosas registradas pelo o Disque Direitos Humanos – Disque 100, em 2019, apontou que 30% do total de denúncias recebidas pelo canal são de violações contra pessoas idosas, contabilizando 48,5 mil registros. Esses números colocam os idosos na segunda colocação entre os grupos mais vulneráveis, atrás apenas de crianças e adolescentes, com 86,8 mil denúncias (55% do total).

Ela destaca ainda que as violências contra a pessoa idosa podem ser visíveis ou invisíveis, e acontecem majoritariamente dentro da própria casa. As visíveis são as mortes e lesões; as invisíveis são aquelas que ocorrem sem machucar o corpo, mas provocam sofrimento, desesperança, depressão e medo. “A violência contra a pessoa idosa acontece de várias formas, os tipos são: violência física, psicológica; institucional, patrimonial e sexual, também a negligência, a violência patrimonial/ financeira e discriminação”, disse Eliane.

De acordo com a primeira dama de Chapecó, Fabiana Rodrigues, a equipe do Município é comprometida e atua em ações e projetos que beneficiam os idosos chapecoenses. “Em Chapecó, há diversas políticas públicas para os idosos, especialmente com mais de 70 grupos na cidade e no interior. Obrigada por terem feito tanto pela cidade, pelos filhos e netos. Hoje a Prefeitura trabalha para melhorar ainda mais a qualidade de vida de vocês”, comentou. 


Informações e fotos: Prefeitura de Chapecó

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Revista Flash Vip, contando histórias desde 2003.
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