No Dia Nacional da Saúde, lembramos da integração dos sentidos e a importância do sono para a qualidade de vida
No dia 5 de agosto, o Brasil celebra o Dia Nacional da Saúde, uma data que convida à reflexão sobre a importância dos cuidados com a saúde integral do corpo e da mente. Uma oportunidade para celebrar a vida, valorizar o bem-estar e promover a conscientização sobre a importância de adotar hábitos saudáveis.
Quando falamos de um estado de saúde integral, destacamos como os nossos sentidos são completamente interligados e desempenham papel crucial para a qualidade de vida. Conforme destaca a Otorrinolaringologista, Dra. Lina Ana Hirsch Kohler, é essencial estar atento para o que o seu corpo fala, através de sinais e sintomas que, muitas vezes, são negligenciados e podem evoluir para problemas complexos.
“O olfato está diretamente ligado ao sistema límbico, a parte do cérebro que controla emoções e memória, o que significa seus danos podem ser indicadores de doenças neurodegenerativas como o Parkinson e o Alzheimer. Já a audição não só nos permite comunicação e interação social, mas também está intimamente ligada ao equilíbrio corporal. A sua perda pode levar ao isolamento social e depressão, especialmente em idosos. E os distúrbios vocais podem impactar não apenas a vida profissional e social, mas ser porta de entrada para nódulos, pólipos e infecções”, explica Dra. Lina Ana.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 20% da população mundial experimentará algum grau de perda de olfato ao longo da vida e aproximadamente 1,5 bilhão de pessoas são afetadas globalmente pela perda auditiva.
Enquanto os sentidos nos mantêm alertas e conectados ao mundo, o sono é o momento em que nosso corpo e mente se recuperam. Dados do Instituto do Sono mostram que cerca de 60% dos brasileiros relatam problemas para dormir e a insônia é a queixa mais comum, afetando 40% da população. “O sono é um momento crucial para a regeneração celular, consolidação da memória e manutenção do equilíbrio hormonal. Sem ele, nosso corpo e mente não funcionam de forma otimizada. O sono inadequado, de má qualidade ou sua privação está associado a uma série de problemas de saúde, incluindo doenças cardiovasculares, diabetes, obesidade e distúrbios mentais como depressão e ansiedade”, destaca o Otorrinolaringologista e Médico do Sono, Dr. Rodrigo Kohler.
Como lembra o especialista, a relação entre sono e saúde mental é bidirecional. Problemas de sono podem levar a distúrbios mentais, como depressão e ansiedade, e vice-versa. Além disso, um outro distúrbio perigoso muitas vezes passa despercebido. “A apneia obstrutiva do sono pode levar a problemas graves, como hipertensão e doenças cardiovasculares. É importante procurar ajuda médica se houver sinais como ronco intenso e sonolência diurna”, ressalta Dr. Rodrigo.
A prática de uma higiene do sono adequada, que inclui manter um horário regular para dormir, evitar estimulantes como cafeína após às 19h e criar um ambiente propício para o sono, é essencial. Como enfatizam os médicos, devemos cuidar não apenas dos aspectos visíveis da nossa saúde, mas também dos sentidos e do sono, que desempenham papéis vitais no bem-estar geral. A prevenção e o cuidado contínuo são fundamentais, onde pequenas atitudes diárias podem garantir uma vida mais saudável e equilibrada.
Carol Bonamigo
Jornalista, especialista em Cinema e Realização Audiovisual, Diretora de Jornalismo e sócia da revista Flash Vip