Membro comunitário engajado, filantropo e chapecoense de coração, Juacir Pereira de Souza é homenageado pela Câmara de Vereadores e Programa Verde Vida, após um ano de falecimento
Uma pessoa extremamente envolvida com a comunidade, que gostava de pessoas e de estar com pessoas. Assim é descrito Juacir Pereira de Souza (1953-2021), ex-bancário da Caixa Econômica Federal, fiel engajado da Igreja Católica e presidente por dois mandatos do Programa Socioeducativo Verde Vida, pelo qual foi homenageado nesta quinta-feira (12), em ato com a presença de colaboradores, voluntários, diretoria, antigos presidentes do Programa e a família Souza. Na terça-feira (10), também foi aprovado na Câmara de Vereadores de Chapecó um projeto de lei que dará seu nome a uma das ruas do município.
Além dos marcos solidários e filantrópicos que Juacir deixou para Chapecó, seu nome fica agora gravado na cidade, no bairro Dom Gerônimo. A iniciativa resulta de um projeto de lei aprovado por unanimidade, de autoria do presidente da Câmara de Vereadores, Adão Teodoro (PSD), de quem Juacir foi grande conselheiro. “Uma homenagem com o nome de uma rua significa bastante por ficar a marca de um homem tão bom, a história dele vai ficar na memória dos netos e de todos que o conheciam. Não é qualquer um que pode ser homenageado, tem que ter uma história como a do Juacir. A Câmara de Vereadores é onde se define a vida do cidadão chapecoense e Juacir, além do Verde Vida e da Igreja, também estava preocupado com a Câmara porque sabia a grande diferença que faz para o povo chapecoense”, lembra Teodoro.
Na homenagem com menção honrosa realizada nesta manhã pela sua contribuição com o Programa Verde Vida, projeto que ajudou a construir com base no sonho de diminuir a desigualdade social e atender pessoas em situação de vulnerabilidade, o vereador Cesar Valduga (PCdoB) ressaltou as marcas altruístas deixadas pela caminhada de Juacir. “Para mim, ele permanece vivo, onde quer que esteja. Juacir, sempre participou dos movimentos sociais e, acima de tudo, teve um grande sentimento público onde levava muito em conta que as pessoas eram mais importantes que as coisas. Ser era mais importante que ter, esse era um lema que ele sempre me falava”. O vereador lembra também que Juacir foi um dos idealizadores do Comitê de Combate à Fome, projeto fundado pelo sociólogo Herbert José de Sousa, que tratava a questão da fome no Brasil.
Juacir Pereira de Souza nasceu em 26 de abril de 1953 na cidade de Arapongas, no estado do Paraná. Filho dos comerciantes Jovino Pereira de Souza e Ilk Silvino de Souza, era o mais velho de quatro irmãos: Ilka Silvia, Jovino “Joe" Junior e Marcos Eduardo. Em 1979, se casou com Maria de Lourdes Boza de Souza, com quem teve três filhos: Patrícia Helena de Souza Viana, Felipe Augusto Boza de Souza e Maria Carolina de Souza Bonamigo, que é Diretora de Jornalismo da FVcomunica! e da revista Flash Vip.
Juntamente com a esposa, Maria de Lourdes, Juacir foi ministro da Eucaristia, coordenador do Curso de Noivos da Catedral Santo Antônio e participou ativamente da Renovação Carismática Católica. Como ministro da Igreja, realizou casamentos, formaturas e celebrações ecumênicas durante anos. Após se aposentar como bancário, intensificou suas atividades voluntárias.
Maria de Lourdes, com quem foi casado por 41 anos, expressa que sentir o reconhecimento de Juacir diante da comunidade é algo que ela tem visto dia após dia, mas que sempre ouviu o carinho que todos tinham pelo esposo. “Participar de um ato solene, como foi na Câmara e no Verde Vida, superou todas as minhas expectativas. Eu sabia que o Juacir era uma pessoa muito amada nesta comunidade, e ouvir isso 14 meses após o seu falecimento e ver a emoção das pessoas falando dele, foi algo que acalentou meu coração. A falta dele na nossa vida é algo que transcende tudo, mas ver o carinho, o amor, a falta que ele faz como amigo e como membro da comunidade faz valer a pena o tempo que ele dispensou para tudo o que ele fez em Chapecó”, conta Maria de Lourdes.
Juacir foi um marido amoroso, pai dedicado e avô presente de quatro netos. Ele faleceu em 10 de março de 2021, aos 67 anos, vítima de complicações devido à Covid-19. Deixou um legado de força, garra, humildade, gratidão e solidariedade, além de muita saudade e admiração por todos que o conheceram. Como Maria de Lourdes lembra, “ele adotou Chapecó como sua cidade de coração, ele era chapecoense de coração”.
Fernando Bortoluzzi