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19/07/2023 registro

Essa Barbie Miss é de Chapecó!

3ª colocada no 14º Miss Supranational, Sancler Frantz é muito além de modelo – é a própria Barbie Profissões

Ela é biomédica, nutricionista, especialista em Saúde da Mulher – e no processo de especializar-se também em Saúde e Estética –, graduada em Marketing, apresentadora e atriz. Se isso tudo já não faz o currículo de Sancler Frantz, de 32 anos, dar inveja, ela também ficou em terceiro lugar na final da 14ª edição do Miss Supranational, realizado na última sexta-feira (14), na Polônia. O concurso é um dos mais importantes do ramo, ao lado do Miss Universo, Miss Mundo e Miss Grand International.

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Fazendo jus ao seu apelido de “Barbie brasileira”, a gaúcha natural de Arroio do Tigre recebeu sua coroa e faixa usando um vestido totalmente rosa, em um retorno glorioso após uma década fora dos concursos de beleza. Morando em Chapecó há mais de seis anos, a finalista acrescenta este aos mais de 20 títulos de beleza que já conquistou em sua carreira.


Frantz foi também vencedora do Miss Brasil World e ficou entre as cinco finalistas do Miss World, na Indonésia, ambos em 2013. A conquista lhe rendeu o título de Rainha das Américas e dona do melhor corpo da competição na prova de traje de banho. Desde então, a modelo não participou de novos concursos e direcionou seu foco para outros projetos pessoais.

A Flash Vip conversou com a Barbie brasileira para conhecer um pouco do mundo deslumbrante dos concursos de beleza. Confira a entrevista:


Flash Vip: Desde 2013, você não participou de concursos de beleza até sua retomada neste ano. Qual foi a virada de chave que a fez tomar a decisão de fazer uma pausa naquele momento? Na época você já tinha o intuito de que ela durasse tanto tempo?

Sancler: Muitos fãs de concursos que tinham me acompanhado em 2013 pediam a minha volta, queriam me ver competindo mais uma vez, mas eu realmente não tinha mais esses planos, pois me sentia realizada com a trajetória que havia construído. Eu segui a minha vida normalmente e no final do ano passado fui convidada a representar o Brasil no Miss Supranational. Aceitei o desafio justamente por me sentir apta a isso, mesmo sabendo que exigiria muita dedicação e comprometimento.


FV: O mundo dos concursos de beleza busca explorar diferentes habilidades das competidoras. Como sua carreira de longa data neste universo contribuiu para sua ambição de transitar entre tantas áreas profissionais durante sua pausa nas competições?

Sancler: Eu participei da maioria dos concursos bem novinha. Sempre explico que a vida segue normalmente e os concursos são possibilidades que aparecem, projetos com início, meio e fim. As minhas ambições pessoais e profissionais sempre foram as mesmas, independente de concursos, são coisas diferentes. 


FV: Como é conciliar suas atribuições profissionais das passarelas com as de fora? Você pretende seguir equilibrando esses dois lados da sua vida, ou sua retomada nos concursos será por um tempo mais breve?

Sancler: Eu passei os últimos anos da minha vida me dedicando aos estudos e projetos profissionais. Qualquer mulher que esteja dentro das regras nos concursos (cada concurso possui as suas) pode participar. Nunca foi sobre ser modelo ou almejar uma vida artística. Algumas querem seguir essa área, assim como muitas não. Eu, por exemplo, não participei almejando visibilidade para trabalhos como modelo, até porque praticamente já saí dessa área profissional há alguns anos. Eu participei para passar a minha mensagem de que nós mulheres podemos alcançar tudo o que desejarmos, podemos ser ótimas profissionais nas áreas que desejamos e, ao mesmo tempo, participar de um concurso, se quisermos. Os meus planos profissionais seguem os mesmos, abrir a minha clínica e trabalhar na área que eu escolhi. 


FV: Você já comentou que não é a aparência física que mais importa, mas sim a personalidade. Tendo em vista que estamos em um momento de constante debate sobre o que chamamos “padrão de beleza”, você vê essa discussão entrando nos concursos de Miss para torná-los mais diversos, inclusivos e, portanto, representativos?

Sancler:  Os concursos de beleza nunca foram apenas sobre a nossa aparência física. O show final acontece, ali usamos vestidos lindos e salto alto, mas os concursos cada vez mais buscam embaixadoras para as suas marcas, representantes, e durante a competição várias provas são levadas em consideração, principalmente questões como personalidade e profissionalismo das candidatas. Cada vez mais os concursos buscam valorizar a diversidade e quebrar padrões, isso é algo lindo que se pode ver em um concurso internacional, por exemplo, pelo fato da grande diversidade cultural ali apresentada. 


FV: Por carregar tantos títulos de concursos de beleza, e ainda o de “Barbie brasileira”, você já sofreu fora das passarelas com estereótipos que a colocam como uma mulher superficial ou ingênua? Como você lida com esses preconceitos?

Sancler: Os fãs de concursos me apelidaram assim e isso se intensificou, acredito que pelo fato do filme, é algo que levo 100% na brincadeira. Seria injusto dizer que sofri por causa do meu físico, pelo contrário, sei que sempre estive em situação de privilégio e recebi oportunidades por causa disso, tanto que sempre enfatizei a importância da nossa personalidade e habilidades muito mais do que aparência. Os padrões de beleza precisam ser quebrados, pois todas somos lindas, cada uma com as suas características. Concursos sempre foram muito mais sobre autoconfiança do que estética. 


FV: Qual a sensação de, mesmo após dez anos afastada dos concursos de beleza, ficar nas primeiras colocações já em sua retomada? A que você atribui essas suas conquistas?

Sancler: É uma alegria, pois consegui passar a minha mensagem, vivi uma linda experiência e ainda alcancei o tão sonhado Top 3! Atribuo essas conquistas ao trabalho levado a sério, ao profissionalismo, tanto meu quanto das pessoas envolvidas.


Fotos: Divulgação

AUTOR

Fernando Bortoluzzi

Jornalista e explorador em busca de expansão e conexão.
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