Sesc Chapecó, CEU das Artes, Unoesc e Pollen Parque recebem público gratuitamente para prestigiar as obras audiovisuais
Enquanto realiza a manutenção de uma máquina de escrever, Seu Enor e uma inteligência artificial refletem sobre a passagem do tempo, o processo de envelhecer e como as tecnologias outrora indispensáveis, se transformam em fantasmas obsoletos. Assim se descreve a sinopse de um dos quatro filmes chapecoenses a serem exibidos na Mostra de Filmes contemplados pela Lei Paulo Gustavo em Chapecó, o documentário Escrevendo a Vida (2024).
O filme será exibido em quatro sessões entre o final de outubro e durante o mês de novembro deste ano. No dia 31/10, às 14h, no Teatro Sesc Chapecó; em 07/11,
às 15h30, no Teatro do CEU das Artes; No dia 13/11, a sessão inicia às 15h30, no Auditório do bloco S da Unoesc Chapecó; e na data de 14/11, é a vez do Auditório do Pollen Parque Científico Tecnológico receber a exibição, às 19h.
O diretor do documentário, Donnovan Ferreira, expressa que a obra é um convite para refletir sobre tecnologia, sociedade e o processo de envelhecer. “Não costumamos pensar em como será quando estaremos idosos, apenas seguimos vivendo. Será que, assim como as tecnologias, também nos tornamos obsoletos? E será que precisamos temer as novas tecnologias e a possibilidade de não conseguirmos acompanhar essas mudanças?”, reflete.
Ao resgatar em sua lembrança histórias interessantes que já viveu e ouviu, o produtor audiovisual recordou do Seu Enor Luiz Tomazelli, de 78 anos - um dos últimos mecanógrafos de Chapecó, que trabalha fazendo manutenções de relíquias, como a máquina de escrever. A partir da troca de conversas com ele, Donnovan teve a ideia de usar a máquina de escrever como o fio condutor de um curta-metragem, e transformar Seu Enor no protagonista do filme. “A obra se torna uma memória não apenas das relíquias que ele realiza manutenções, mas também da história de vida do mecanógrafo", opina.
A produtora de Escrevendo a Vida, Bruna Meoti, incentivou Donnovan a tirar a ideia do documentário do papel e manifesta a honra em participar da criação de uma obra com um peso tão importante para a sociedade, afinal abordar o envelhecimento é essencial para promover a inclusão, valorização e participação ativa dos idosos. “Ao reconhecer a riqueza de suas histórias e conhecimentos, estamos construindo um futuro mais enriquecedor e solidário, onde todas as gerações contribuem para uma sociedade mais equitativa e harmoniosa”, analisa.
Escrevendo a Vida é fruto do projeto contemplado no Edital de Chamamento Público nº 007/2023, com recursos da Lei Paulo Gustavo, através do Município de Chapecó. Além das exibições do audiovisual seguidas de debate com a equipe do filme, também como contrapartida social, uma cópia digital da obra com recurso de audiodescrição será enviada para a Adevosc Chapecó - Associação de Deficientes Visuais do Oeste de Santa Catarina; e uma cópia para a Associazione Archivio Storico Olivetti, na Itália, em agradecimento aos arquivos históricos cedidos para a produção.
Como finaliza Bruna, “mais do que um documentário, Escrevendo a Vida é uma jornada sentimental, um espelho que reflete as experiências de gerações distintas e uma reflexão tocante sobre o fluir do tempo e a arte de manter a vitalidade enquanto o futuro chega”. E você, está pronto(a) para imergir nessa reflexão?
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Revista Flash Vip, contando histórias desde 2003.