Design Thinking, Design Sprint e Metodologia Ágil. Qual (ou quais) se adapta melhor ao seu propósito?
Nós, profissionais de design, aprendemos desde o primórdio que devemos nos moldar ao cliente e, principalmente, nos moldar as mudanças de mercado. E para que isso seja feito de forma assertiva, existem diversas metodologias para nos guiar em alguns processos. Então, sem mais papinho, vamos analisar brevemente algumas delas.
É um método utilizado em projetos de inovação, com o objetivo de descobrir novos propósitos e significados aos produtos, serviços e relacionamentos, focado em pessoas. E envolve todos os stakeholders¹.
Design Thinking, trabalha-se da seguinte forma: Imersão >> Análise >> Ideação >> Prototipagem >> Teste
Fonte da imagem: http://harmonygroupconsulting.com/index.php/2019/11/05/design-thinking
É uma metodologia usada no Google, com o objetivo de desenvolver hipóteses, prototipar, testar e validar ideias em apenas 4 dias.
A principal ideia de trazer o método de Design Sprint é a agilidade, assim, quanto mais rápido a equipe cria, testa e valida, mais rápido terão feedback dos usuários, menos tempo e dinheiro são gastos para efetivar o projeto. Se for seguir a metodologia atualizada (design sprint 2.0), ela é assim:
fonte: https://brasil.uxdesign.cc/design-sprint-2-0-o-que-h%C3%A1-de-novo-d29fab15d782
s e g definir o desafio e produzir soluções
t e r votar nas soluções e criar storyboard
q u a construção do protótipo e planejamento de testes
q u i testes com usuários reais
As práticas ágeis seguem a filosofia criada em 2001, a partir do Manifesto Ágil, e tem como propósito otimizar os processos para criar soluções de valor aos clientes de forma rápida e eficaz:
“As Metodologias Ágeis nasceram a partir da necessidade do mercado de dinamizar seus processos para criar soluções de valor para os clientes. O Ágil coloca o usuário no centro do processo de desenvolvimento, permitindo a criação de soluções mais assertivas”
O Manifesto Ágil se baseia em 4 valores
// Indivíduos e interações MAIS que processos e ferramentas;
// Software funcionando MAIS que documentação abrangente;
// Colaboração com o cliente MAIS que negociação de contratos;
// Responder a mudanças MAIS que seguir um plano.
Ou seja, incluir o cliente no andamento do projeto e a velha frase: feito é melhor que perfeito.
Tá, mas e aí?
A diferença é que cada uma delas é usada para uma parte do processo. O Design Thinking é ideal para desenvolver uma mentalidade de inovação. Estruturar o pensamento para entender e definir o problema, conceituar, atualizar e testar soluções. Com esse método é possível “ir e vir” de uma etapa para a outra, até chegar em um conceito concreto.
Em contrapartida o Design Sprint é um processo mais metódico, baseado no Design Thinking, mas resolve com eficiência os problemas em um intervalo de tempo.
Ou seja, Design Thinking é baseado em conversas e discussões, já o Design Sprint é baseado em tempo, onde o foco é fundamental e poderá ter mais efeitos em menos tempo.
Já as Metodologias Ágeis, são os desenvolvimentos por etapas para obter resultados rápidos e eficientes, e reavaliação contínua, focado nos recursos de alto valor primeiro e produção de resultados tangíveis.
William Iven/Unsplash
Então, concluímos que?
O cenário ideal é combinar essas três formas, usando o Design Thinking para identificar e discutir sobre problemas e dores dos usuários, Design Sprint para testar e validar ideias rapidamente com usuários reais e Metodologias Ágeis para construir as soluções que resolvem esses problemas.
¹ Stakeholder significa público estratégico e descreve uma pessoa ou grupo que tem interesse em uma empresa, negócio ou indústria, podendo ou não ter feito um investimento neles.
Raiana Comiran