Responsável desde a regulação do humor até o processamento de memórias, dormir mal também pode aumentar o risco de ansiedade e depressão.
Entre 14 e 20 de março deste ano, diversas entidades ao redor do mundo falaram da importância do sono. Foi a Semana Mundial do Sono 2025. Porém, ao contrário do que se pensa, dormir não é uma atividade inconsciente, não é “desligar um botão”. “É um estado alterado de consciência, onde acontecem diversas funções cerebrais e hormonais. O organismo como um todo tem suas atividades alteradas enquanto dormimos e algumas delas acontecem exclusivamente durante esse período”, salienta a médica psiquiatra, Dra. Rafaela Pavan, pós-graduada em Sono.
Segundo Sidarta Ribeiro, no prefácio da edição brasileira do livro Porque nós dormimos, de Matthew Walker, diz: “Depois da respiração, o sono é o comportamento mais característico de nossa existência. Nossa companhia mais segura e fiel ao longo de tantas noites de olhos fechados e sem consciência do mundo exterior”.
Conforme Dra. Rafaela, o sono não é um processo passivo. “O cérebro está em constante atividade durante o sono, inclusive com grande consumo de glicose. É uma fase de redução da mobilidade, ou seja: do movimento e do nível de consciência, que pode ser rapidamente revertida e ele tem as suas funções”, afirma.
O sono REM (Rapid Eye Movement) é importante para a conservação de memória (memórias específicas e limpeza cerebral das que não usamos mais). Como um todo, é importante para reorganização do consumo calórico e restauração dos estoques energéticos e para o correto funcionamento do sistema imunológico.
A psiquiatra ressalta que a ansiedade é o distúrbio mental mais comum no mundo. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, 3,6% da população mundial convive com ela, o que representa mais de 264 milhões de pessoas. Ainda, no Brasil 9,6% da população convive com a ansiedade, o que faz do país o mais ansioso do mundo proporcionalmente.
“Característica clássica de pacientes com ansiedade, a hiperexcitação mental, é um dos fatores chaves da dificuldade para dormir. O mesmo acontece com pessoas sem os distúrbios quando estão sob estresse muito forte: elas demoram mais para pegar no sono e acordam com mais frequência de madrugada. A diferença é que, para os ansiosos, isso acontece repetidamente, muitas vezes todos os dias”, explica.
De acordo com a Associação Americana de Ansiedade e Depressão, “disrupções do sono estão presentes em quase todos os distúrbios psiquiátricos, assim como pessoas com insônia crônica têm mais chances de desenvolverem distúrbios de ansiedade”. “Justamente por ambos terem uma relação tão forte, é importante que os dois sejam tratados pelo médico para diminuir seus impactos na qualidade de vida e na saúde do paciente”, conclui Dra. Rafaela, ressaltando que não existe saúde sem saúde mental. Como você está cuidando da sua?
DRA. RAFAELA PAVAN
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